O relato martiriza,
É como se eu estivesse nua.
Despojada de todos os sentimentos. Todos.
Porque?
Por que nos indagamos?
Entre perplexos e crus
Desacreditamos desiludidos
Fora do mundo.
Tentamos nos agarrar aos fiapos
Tão ínfimos e sutis da sobriedade
Íntimos,
Uma vida.
O lento passar de uma vida.
Abraço-te, recebendo nada.
Nem acolhida nem sofrida
Me desfaço
sinto que desfaleço
Saio de tudo, de mim.
Paro de relatar.
Entre o sufocar e o desgarrar
nos vemos
incrédulos
Desaquecidos
Sós.
Partimos.
Caminhos opostos
Olhamos cada passo dado
Cada isntante de loucura
Devastados pelo que vivemos
E não vivemos.
Enfim
Partimos.
Lindo e triste! mas... lindo como voce .
ResponderExcluirCada dia que passa esta se superando parabens!
Amo voce pela pessoa linda que é.
beijo
OI SILVANA,
ResponderExcluirum relato,um desencontro, caminhos opostos, tentativa de agarrar-se aos "fiapos,tão ínfimos e sutis da sobriedade", e o chão desaparece, flutuamos em nada, no nada, transgredimos nossas antigas fantasias e caimos na vala comun da realidade.
Jean Paul- Sartre dizia que:" O nosso
inferno são os outros".
Os outros, com a nossa autorização, realmente, podem transformar nossas vidas em absolutos infernos de desamor, desilusão e descompassos existenciais.
É verdade!
Mas, pensando bem , se não houvessem estes tropeços de percursos em nossas vidas, como poderiamos , ler e admirar relatos que martirizam, desta sua admirável poesia,partimos?
Um abração carioca.